Na minha primeira postagem aqui
no blog em 2010 eu falei sobre Gnomos, criaturas do reino elemental da terra.
Hoje vou falar um pouco sobre as fadas. Outro dia estava zapeando pelos videos
do youtube e me deparei com um vídeo muito interessante, esse videozinho ai
embaixo:
Fake ou não, é bem intrigante não acham?

A questão é, FADAS permeiam
nosso imaginário desde muito tempo, estão em livros, revistas, filmes,
seriados, jogos de RPG, enfim, em todo o lugar. A simples menção da palavra nos
remete as pequenas criaturinhas iluminadas com asinhas.
Segundo o Wikipedia:
“fada é um ser mitológico, característico
dos mitos célticos, anglo-saxões, germânicos e nórdicos.
O primeiro autor que mencionou as fadas foi Pompônio Mela, um geógrafo que
viveu durante o século I d.c.
As fadas também são conhecidas como
sendo as fêmeas dos elfos. O termo
incorporou-se a cultura ocidental a partir dos assim chamados "contos de
fadas". Nesse tipo de história, a fada é representada de forma
semelhante a versão clássica dos elfos de J.R.R.
Tolkien, porém apresentando "asas de libélula" as costas e
utilizando-se de uma "varinha de condão" para realizar
encantamentos.
Dependendo
da obra em que aparece, a fada pode ser retratada em estatura de uma mulher
normal ou diminuta. No primeiro caso, temos a fada de Cinderela. Como exemplo da
segunda representação podemos citar "Sininho", do clássico infantil "Peter Pan",
de J. M. Barrie.
(Cena do seriado "Neverland" quando Peter encontra as fadas)
O escritor e
folclorista inglês Joseph Ritson, na sua dissertação On Faries, definiu as fadas
como uma espécie de seres parcialmente materiais, parcialmente espirituais, com
o poder de mudarem a sua aparência e de, conforme a sua vontade, serem visíveis
ou invisíveis para os seres humanos.”
O reino das fadas

Avalon é, provavelmente, o mais
famoso reino das fadas da literatura ocidental. É descrito como um lugar
maravilhoso onde vivem diversas fadas, entre elas destacando-se a figura ímpar
de Morgana, a irmã do não menos lendário rei Arthur. Avalon parece ser uma ilha
situada em qualquer lugar no meio do oceano e, assim, guarda profundas
afinidades com a ilha de Ogigia ou com o reino da Circe, citados por Homero na
Odisséia. Segundo algumas versões, Avalon possui uma espécie de bruma que a
envolve, escondendo-a dos olhos humanos. Há, porém, outras versões que dizem
ser Avalon uma ilha extremamente clara (Avalon, a branca), mas que não se
revela facilmente aos olhos profanos.
Avalon é muitas vezes
confundida com a ilha de vidro ou de ar. A referência a esses elementos vidro,
ar, etc., diz respeito à necessidade de proteger esses lugares dos não
iniciados. Há, inclusive, a idéia de que lugares como esses são cercados por
muralhas de fogo, o que evita a aproximação daqueles que não são qualificados
para entrar em contato com todos centros de energia.
O nome Avalon, entretanto, pode
ser explicado a partir do cimérico afal, palavra que significa maçã. Assim,
Avalon significaria ilha das maçãs. Essa versão lembra, na mitologia grega, a
ilha das Hespérides (ilha para além do oceano), onde havia um jardim no qual
estava plantada uma árvore cujos pomos eram de ouro. A conquista desses pomos
consistiu-se em um dos trabalhos do famoso herói grego Hércules.
Em uma coisa, contudo, todas as
tradições parecem concordar: Avalon é uma terra paradisíaca. Lá não há frios
excessivos nem seca prolongada, reina sempre uma eterna primavera. Nessa ilha
não se envelhece, não se adoece, não se morre. Todas as plantas crescem
naturalmente sem a necessidade de se trabalhar a terra, e as árvores exibem
frutos maduros e saborosos.
O lugar preferido pelas fadas,
entretanto, são os montes. A palavra galesa para fada é sidhe, que significa
povo das montanhas. À noite, no montes das fadas são vistos, muitas vezes,
luzes cintilantes. Algumas vezes, nota-se sobre os montes uma procissão de
fadas que se desloca de uma colina para outra. No topo dos montes das fadas,
existe sempre um castelo visível apenas àqueles a quem as fadas, por razões
especiais, permitem a visão. Quando as fadas desejam ocultar-se, por mais que
se olhe, nada se verá sobre o monte. Não se pode, ainda que por descuido,
invadir um local eleito pelas fadas para sua moradia. Aquele que, por exemplo,
sem saber construir sua casa em um terreno habitado por fadas correrá grande
risco, pois esses seres são capazes de mover as casas do lugar, derrubá-las e
criar incríveis perturbações aos moradores incautos.
Poderes das fadas
As fadas, muitas vezes, usam
seus poderes para premiar os bons e castigar os maus. Mas, no que diz respeito
ao caráter, se parecem muito com os seres humanos, e tanto podem ser más como
boas. As más são frívolas, perversas, comprazendo-se em trazer perturbações
para o homem. As boas mostram-se gentis, amigas e dispostas a colaborar com as
pessoas com quem simpatizam. Em tempos imemoriais, porém, as fadas eram consideradas
extremamente perigosas. Na tradição não cristã,
aplica-se o nome fada a todos os espíritos da natureza, incluindo enorme
variedade de seres dos mais variados tipos e aspectos.
Em nossos contos de fadas,
essas personagens, depuradas pelo cristianismo, aparecem com uma única e bem
definida forma: são mulheres brancas, de feições finas, cabelos louros que caem
em cascatas sobre seus ombros. Vestem vestidos belíssimos, bordados de ouro e
de prata. Na cabeça usam chapéus em forma de cone, muito semelhantes aos da
bruxa, o que acentua, naturalmente, o parentesco entre elas. Nas mãos trazem
uma pequena vara (varinha de condão), com a qual executam as suas magias. A
presença da varinha de condão é outra analogia entre as fadas e as bruxas, pois
os feiticeiros também costumam usar certos tipos de varas, cajados etc. As
fadas possuem extrema habilidade nos trabalhos manuais; daí a expressão para
designar uma mulher muito hábil em trabalhos femininos: fulana tem mãos de
fada.
As fadas dos cantos de
encantamento são, em geral, muito boas, prestimosas, amigas dos homens e muitas
vezes aceitam ser madrinhas das crianças comuns. As crianças amadrinhadas pelas
fadas crescem acompanhadas por elas, que as auxiliam nos momentos difíceis de
suas vidas. É interessante notar que, se as fadas aceitam ser madrinhas de uma
criança, esse batizado não se faz nas igrejas. Isto porque a tradição cristã
reconhece o caráter pagão desses seres, o que os torna incompatíveis com os
cerimoniais da religião cristã.
Assim, são fadas: seres da
natureza, brincalhões ou malévolos, mulheres maravilhosas, idealizações do
feminino positivo mas, antes de qualquer coisa, mitos. É esta dimensão
mitológica que as torna tão arraigadas na mente humana e persistentes nas
tradições dos mais diversos povos. Desse modo, não é de se estranhar, portanto,
que os contos de fada, apesar de sua antiguidade continuem a resistir e a se
impor como um tipo de narrativa sempre contada.
No cinema e nas histórias em
quadrinhos, os contos de fadas retornam com novas energias e novo vigor, como
uma fênix que renascesse das próprias cinzas. Este fato deve-se aos elementos
arquetípicos presentes nos contos maravilhosos, elementos esses fundamente
entranhados no inconsciente coletivo, parte essencial da bagagem psíquica do
homem em sua viagem pelo planeta Terra. As fadas, os príncipes encantados, as
bruxas, as terras maravilhosas, os reis, os gigantes são morfemas míticos
básicos para a existência do homem, este animal criador de símbolos, de sonhos,
de mitos e de ilusões.
Na antiguidade acreditava-se que às
vezes, as fadas se reuniam e dançavam em círculo, festejando. Quando
amanhece, o local em que dançaram aparecia como um círculo de grama verde-luminosa
ou um círculo de cogumelos. Qual quer pessoa que entrasse em um círculo de
fadas em uma lua cheia e fizesse um pedido, o pedido iria se realizar.
Caso ocorresse de um humano pisar em um círculo em um dia
em que elas estivessem festejando, ele seria feito prisioneiro, obrigado a
dançar até a exaustão. A unica forma de escapar seria se
alguém mantivesse o pé bem firme fora do círculo e puxasse a pessoa
para fora.
Segundo alguns
relatos, o anel de fadas seria um portal para o mundo delas. Mas neste caso, a pessoa deveria deixar um pedaço de ferro na
entrada, metal a que tinham aversão, pois caso entrasse no mundo das fadas e
elas fechassem o portal, a pessoa perderia a noção do tempo, podendo passar uma
noite no mundo delas, que equivaleria a anos no mundo mortal.