sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Recebi, mas não foi o meu salário!


Desde sempre escuto a frase “fulano recebeu um espírito”, acho engraçado esse termo “recebeu”, é cultura popular e quem sou eu para discordar não é?!  O termo correto no meio mediúnico é incorporar ou vibrar na mesma freqüência da entidade em questão com que trabalha (guia espiritual) ou qualquer outro nome que o médium queira dar, particularmente prefiro o termo incorporação.


 Várias pessoas já me perguntaram o que eu sinto quando estou nesse processo mediúnico e acredito que a experiência seja única para cada médium, seja no Kardecismo, Umbanda, Candomblé ou até mesmo na igreja “recebendo” o Espírito Santo. Tentarei responder a todas essas perguntas ao longo desse texto.

No meu caso, vária muito de entidade para entidade, às vezes a sensação de cair em um buraco é constante, outras apenas uma sonolência onde é difícil entender o que acontece ao meu redor, já em outras ocasiões eu vejo e escuto tudo normalmente, porem não tenho controle do que digo ou dos meus movimentos e quando retorno ao meu estado consciente normal, tenho flashes do que acontecera mas que em poucos minutos acabam sumindo.

No início era bem difícil me acostumar, principalmente quando antes da incorporação as vozes começavam a falar ao pé do ouvido e eu incorporava não por vontade minha. Como se fosse uma vontade minha a incorporação, mas não é. Nunca é da vontade do médium! Somos apenas um canal para o lado espiritual, uma ferramenta.

Louco? Sim, no início eu achava que era louco, que inventava as coisas da minha mente, que não estava nada incorporado! Porém, com o passar do tempo, eu comecei a perceber as nuances da energia das entidades, fiquei mais sensível as vibrações do lado espiritual e fui entendendo meu papel na roda karmica, e todos temos um papel nela.

O que dizem sobre quando eu estou incorporado? Bem, isso é engraçado. Cada entidade possuem suas peculiaridades, jeitos de falar, de vestir de se comportar. Logo, minha voz muda, assim como postura e forma como falo com as pessoas, aqueles com a sensibilidade mais aflorada sentem a energia vibracional, já animais e crianças tendem a olharem com espanto ou mesmo se aproximarem ou se afastarem por estarem vendo a real imagem da entidade que esta vibrando na mesma sintonia que eu.

É difícil perceber, sendo médium, quando alguém está fingindo estar incorporado? Não, pelo contrario, é a coisa mais fácil do mundo, pois como falei anteriormente, somos mais sensíveis as energias e vibrações, logo é fácil perceber quando alguém está fingindo.

E porque não falar? Não é meu papel fazer isso, tudo sem causa e conseqüências! Não cabe a mim condenar, o lado espiritual cobra.

E como isso acontece? Simples, a pessoa começa a perder as coisas que conquistou, passa a vibrar em uma energia baixa, atraindo seres de baixa vibração (vampiros astrais) e com isso tende a ter mais doenças e depressões, esta sempre em meio de brigas e discussões se afastando de amigos e familiares. Coisas desse tipo e outras mais.

É legal ser médium? A questão não é essa, é uma missão que nos é dada e temos que usar essa habilidade da melhor forma possível em prol do próximo. O dom não é nosso. Eu particularmente sou meio rebelde com relação à incorporação, porem tem horas que não tem como fugir (risos).

Como fazer para desenvolver? Todo mundo tem um pouco de mediunidade, alguns precisam desenvolvê-la mais que outros e o melhor jeito é estudando, procurando um local onde você se sinta bem e que transmita os ensinamentos corretamente, seja no Kardecismo, religiões afro ou na igreja.

Já praticamente acabando o ano e quase que não posto nada aqui, espero que tenham gostado.

Vai que acontece de alguém que queira desenvolver sua mediunidade estar lendo esse texto! Espero ter ajudado um pouquinho ;)