Eu me lembro da primeira vez que tive contato com um jogo de rpg, bem, não fora um contato direto! Eu estava na casa de uma tia na Zona Sul do Rio de Janeiro, por volta dos meus 9/10 anos no inicio da década de 90, quando no final da tarde, os amigos das minhas primas começaram a jogar em volta da mesa de jantar. Aquilo me deixou maravilhado, pois eu conseguia visualizar na minha mente tudo que era narrado por um dos rapazes que ficava atrás de um papelão com gravuras de guerreiros.
Muitos anos depois, isso já mais para o meado dos anos 90, um vizinho me deu um encadernado com as magias do livro do jogador de AD&D, êxtase total, eu passei horas e mais horas debruçado sobre aquela xerox cheia de magias e gravuras em preto e branco. Foi por um acaso do destino que acabei conhecendo uma pessoa que jogava e me introduziu nesse mundo de fantasia que vivencio até hoje (atualmente tenho 38 anos).
RPG não é só um simples jogo, ele vai além disso. Criamos relações de amizades profundas (as vezes brigamos também rs), nos propormos a estudar regras, ler pilhas e mais pilhas de livros, comprar dados e miniaturas, buscar informações, confraternizar com os amigos, fazermos parte de uma legião. Existem estudos atualmente cujo tema é como o RPG tem ajudado alunos nas escolas a se socializarem. Isso pode ser definido apenas como um jogo? Vale ressaltar que o RPG é uma forma de inclusão, onde o preconceito não tem vez, até por que não faria muito sentido você ser uma pessoa preconceituosa, vivenciando experiências fantásticas em mundos cheios de Orcs, goblins, anões etc.
As possibilidades são tamanhas em uma mesa/grupo de RPG, uns gostam de fantasia medieval, estilo Senhor dos Anéis, outros curtem mais o punk gótico ambientados em tempos atuais, alguns preferem jogos futuristas, outros com super heróis no estilo Marvel/DC ou mesmo o heróis orientais tais como Dragonball e Saint Seiya.
O RPG não tem limites, o que limita o jogo é a sua imaginação. Eu particularmente prefiro os jogos de horror pessoal, tais como Vampire, ou D&D utilizando o cenário de Ravenloft, porém a boa e velha fantasia medieval dos livros de Forgotten Realms e Dragonlance possuem um lugar especial no meu coração.
O RPG não tem limites, o que limita o jogo é a sua imaginação. Eu particularmente prefiro os jogos de horror pessoal, tais como Vampire, ou D&D utilizando o cenário de Ravenloft, porém a boa e velha fantasia medieval dos livros de Forgotten Realms e Dragonlance possuem um lugar especial no meu coração.
E quanto as regas? Sim, elas existem, estão lá, nos livros, porém o jogo vai muito além delas, a priori é a diversão do grupo sempre, logo, se uma regra não deixa o jogo fluir na sua mesa, o grupo em concesso pode muda-la, se assim o DM (Dungeon Master) permitir. Pontuando novamente, a diversão sempre tem que ser o principal objetivo.
RPG é, na minha humilde opinião, uma ferramenta para não só formar amizades, mas também uma forma de instigar o jogador a "pensar fora da caixa", a se desafiar, se permitir sair desse mundo chato em que vivemos e assumir outras vidas, mesmo que por algumas horas.
Daquele garoto lá do início dos anos 90, que ficou maravilhado com aquilo que estava presenciando, hoje, o garoto virou homem, co-autor de dois livros de RPG lançados por uma editora nacional e com um terceiro livro a caminho.
Então, se você nunca jogou, se permita, acredite, você vai experimentar sensações fantásticas e com certeza terá histórias épicas para serem relembradas por anos.